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A eficiência energética não é uma opção

Atualizado: 30 de nov. de 2020

A busca pela eficiência energética é uma necessidade e deve ser encarada como uma prioridade. Diferente dos outros posts sobre energia que já fizemos, este post poderia ter alguns poucos parágrafos ou algumas poucas palavras.


Isto porque ele traz a compreensão do conceito simples de eficiência, porém, em se tratando de energia, não é uma coisa tão simples de ser concretizada. Além das questões científicas e tecnológicas, as leis da física são barreiras a ser consideradas e que precisam ser cumpridas.


É possível que esta seja uma das áreas mais desafiantes do setor de energia, afinal, estamos falando de fazer mais com menos. A questão é como alcançar essa proeza.

Para manter e expandir nosso estilo de vida, precisamos urgentemente avançar na eficiência energética.

Tecnicamente, para aumentar a eficiência energética, o que está em jogo é usar a mesma quantidade de energia, ou menos, para realizar o mesmo trabalho. E isto impacta dois lados, o das fontes de energia e dos equipamentos que demandam energia para seu funcionamento.


Se não precisássemos mais aumentar a produção de energia, isso reduziria a necessidade de explorar as fontes de energia, tanto renováveis quanto não renováveis, e ajudaria no controle da emissão de carbono na atmosfera. Por outro lado, poderia facilitar a substituição da matriz energética baseada em fontes não renováveis por fontes renováveis.


Por lado, o caminho seria trocar as tecnologias dos equipamentos atuais para tecnologias que consumam menos energia para fazer as mesmas coisas. Ou seja, teremos que trocar todos os equipamento que usamos hoje por equipamentos com tecnologias mais eficientes.


As duas alternativas acima são excelentes cenários, mas bem pouco prováveis de serem cumpridos dessa maneira na prática.

Acontece que nosso estilo de vida só demanda cada vez mais energia para o número de equipamentos que usamos, logo, nossa curva de consumo de energia só aumenta e não dá sinais de inverter essa tendência, pelo contrário. Falamos sobre isso no post “A geração distribuída de energia vai mudar a sua vida”, onde citamos a escalada do consumo de energia rumo ao pico de um monte hipotético medido em terawatt, que é maior do que o gigawatt.


Isto nos diz que temos que continuar expandindo a produção de energia, de preferência, diversificando a matriz energética, baseada em fontes de energia renovável, como falamos no post “As oportunidades na diversificação da matriz energética”. Ou seja, é bem provável que a eficiência energética não virá da expansão da matriz energética.


Aqui na NEW-e, consideramos que a eficiência energética virá dos avanços da ciência e da tecnologia. E saiba que isto só poderá acontecer se aumentarmos o protagonismo da ciência, como dissemos no post “O Valor dos Negócios Científico-tecnológicos”, e mais negócios tiverem a P&D na sua cultura e no seu DNA, como falamos no post “A Pesquisa e o Desenvolvimento no DNA”.


Se evoluirmos no desenvolvimento de melhores equipamentos, que consomem menos energia para fazer o mesmo ou mais trabalho, estaremos no caminho eficiência energética.

Como voltamos às considerações ciências e técnica, vale registrar que a expressão eficiência energética, usada popularmente, representa o que cientificamente é chamado de rendimento energético, que é a relação entre a quantidade de energia útil e a energia fornecida. Isto quer dizer que, quando algo, como um máquina, apresenta alto ou elevado rendimento, indica que há pouco desperdício de energia, logo, quando o rendimento é baixo, existe considerável desperdício de energia.


Essa compreensão é importante, porque fica fácil compreender o quanto a eficiência energética de equipamentos desenvolvidos cientificamente e que melhoram as tecnologias melhoram o aproveitamento do sistema de geração e distribuição de energia, hoje, um dos maiores gargalos no quesito eficiência energética. Nesse quesito, há perdas de energia da ordem de 20% do total consumido.


Agora, nem só de vantagens técnicas e ambientais vive a busca pelo eficiência energética, há mais interesses por trás.

Para aqueles mais, digamos, pragmáticos, é importante destacar que a busca pela eficiência energética não é uma bandeira, é uma necessidade econômica. Objetivamente? Aumentar a eficiência energética faz bem para economia.


Sim, queridos amigos! Todo esse papo de energia impacta diversos lugares, principalmente, a economia. Todas as mudanças que estão sendo implementadas no setor energético são impulsionadas pelo impacto positivo que elas tem no cenário econômico, junto com o impacto social.


Antigamente, nós tínhamos que desenhar uma situação hipotética de falta de energia. Para nossa tristeza, esse cenário se tornou real. Basta você acompanhar, nesta data, os quase 30 dias de apagão no estado brasileiro do Amapá.


Num cenário assim, a vida em sociedade como conhecemos para, as necessidades crescem exponencialmente e o caos explode. E o principal motivo? Água potável.

Sim meus amigos! Como você pensa que a água em condições de consumo, pura, cristalina e potável, chega até o seu copo d’água? Pois saiba que não é caminhando.


Água potável é item de necessidade para sobrevivência humana e se ela não chegar até você, você vai parar tudo o que está fazendo e vai priorizar a busca pela sua água para continuar vivendo. A gente sabe que esse é um cenário meio Mad Max (qualquer um dos filmes), mas, nesse momento, se a energia não for normalizada no Amapá, a situação só vai piorar mais. #estamosnatorcida


E independente da água, se é que é possível considerar isso, a eficiência energética tende a alavancar a economia de recursos e dinheiro consideráveis, além de expandir a capacidade produtiva e gerar novas riquezas. É por isto que não estamos diante de um cenário opcional.


Avançar na evolução da eficiência energética é fundamental para seguirmos evoluindo como sociedade.

Precisamos investir em ciência e tecnologia para acompanhar o crescimento do consumo de energia. Para que não tenhamos problemas de escassez de energia num futuro breve, é necessário ampliar a diversificação da matriz energética de fontes renováveis e aumentar a eficiência energética dos equipamentos e máquinas que usamos.


E se você ainda tem dúvidas, dá uma olhada no que uma empresa do tamanho da Apple está fazendo uma revolução e porque. O enigma dos próximos anos para qualquer empresa será como consumir menos energia para fazer mais do que era feito antes.


Nossos esforços como pessoas, organizações e sociedade devem estar direcionados para a promoção da eficiência energética. Estamos nessa direção aqui na NEW-e.

Avante!




Conteúdo: Tainan V. Caballero e Carlos Sonier do Nascimento

Redação: Tainan V. Caballero

Foto: Luca Bravo/Unsplash

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